Quando eu for grande, Pai, quero ser Bom como Tu.
Quando eu for grande, Pai, quero ter entranhas de misericórdia que se comovam, revolvam e resolvam diante do sofrimento dos outros.
Quero saber o Nome de muita gente, sobretudo daqueles que não têm Nome, que perderam a cara ou a deixaram colada a alguma máscara antiga, que deixaram a dignidade escondida numa cova qualquer à espera do dia em que possam voltar a buscá-la.
Quero ter histórias para contar com gente que não conta para ninguém!
Quando eu for grande, Pai, gostava de ter-me tornado Velho pelo caminho.
(“Velho” é uma palavra linda, não é, ABBA? Parece que enche a boca de tão pesada; dá confiança e inspira escutas…) Gostava de ter-me tornado Velho pelo caminho: aprender a dar a cada coisa a importância devida, não me atrapalhar com os imprevistos, ter os olhos cheios com a paisagem toda e olhar para todas as coisas a partir da grandeza e da gratidão, em vez de mirar sempre o diminuto e reagir a cada situação a partir do minúsculo ângulo que nos dá a superficialidade.
(“Velho” é uma palavra linda, não é, ABBA? Parece que enche a boca de tão pesada; dá confiança e inspira escutas…) Gostava de ter-me tornado Velho pelo caminho: aprender a dar a cada coisa a importância devida, não me atrapalhar com os imprevistos, ter os olhos cheios com a paisagem toda e olhar para todas as coisas a partir da grandeza e da gratidão, em vez de mirar sempre o diminuto e reagir a cada situação a partir do minúsculo ângulo que nos dá a superficialidade.
Um dia, Pai, quando eu for Velho, já não vai haver em mim nenhuma ilusão em relação ao dinheiro, ao prestígio ou aos privilégios. Se eu levasse sempre a sério o Evangelho do Teu Jesus, muita coisa desta já se tinha resolvido em mim, mas sabes como por estas bandas somos lentos e - pior ainda - batoteiros, fazendo-nos desentendidos mesmo quando Tu já nos apanhaste em flagrante há muito. Desculpa. Por favor desculpa, e nunca desistas de nós.
Quando eu for grande, Pai, é porque finalmente perdi a mania das grandezas. Vou amar o que é pequeno e encantar-me com a fragilidade, entusiasmar-me com a dádiva e emocionar-me com a debilidade, vou amar a carência e entregar-me inteiramente sem esperar recompensa.
Pai de Jesus e Pai Nosso, falo a sério: ajuda-me a crescer! Porque, se não me ponho atento, o mundo faz de mim só um “adulto”. Que tristeza ser “adulto”! Se o Teu Jesus fosse simplesmente um “adulto”, as crianças lá da Galileia não se iam meter com ele e furar pelo meio da multidão, sujeitas a levarem, para irem para o colo dele, como contam os evangelhos.
Jesus mandava-nos sermos bons e misericordiosos como Tu és Bom e Misericordioso. Não é desafio pequeno… Mas eu quero meter-me nele, juro que eu quero, e Tu bem sabes.
Tornar-me amável e livre à maneira de Jesus,
justo e bom como Tu,
universal e generoso como o Espírito do vosso Amor.
justo e bom como Tu,
universal e generoso como o Espírito do vosso Amor.
Texto extraído de Ora Vê. Saiba mais em http://www.orave.eu/
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